Houve um tempo em que eu não tinha a real noção do meu reflexo. Era como se eu tivesse um espelho à minha frente, mas não lançasse o olhar de fato para mim mesma. A minha visão era sempre em uma referência externa. E assim eu permitia que o outro apontasse algo de insuficiente em mim.
Hoje, revejo fotos minhas e tenho vontade de colocar no colo aquela Ana de antigamente ou avisá-la de que no futuro ela finalmente conseguiria enxergar a sua inteireza no espelho. Aliás, esse tempo — bem mais colorido — já é presente.
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